O tempo passou, e você não. 

Em algum momento da vida, todos enfrentamos a sensação de que o tempo correu mais rápido do que esperávamos. Ele avança incansável, transformando o mundo à nossa volta, mas, por vezes, parece que algo dentro de nós permanece estático, como se tivéssemos ficado para trás. Talvez seja um sonho que adiamos, uma versão de nós mesmos que ficou presa no passado, uma expectativa que não se cumpriu.

Enquanto o tempo muda paisagens, molda rostos e traz novos desafios, há algo em nós que se recusa a seguir o mesmo ritmo. Não é necessariamente ruim; às vezes, esse “não passar” é uma resistência valiosa à pressa da vida moderna, um apego ao essencial, às raízes do que somos. Em outras, é um convite para refletir: por que não seguimos em frente? O que nos impede de acompanhar o fluxo?

Essa discrepância entre o tempo externo e o interno nos lembra de que a vida não é só sobre avançar; é sobre saber quando é hora de continuar e quando é necessário parar, revisitar o passado, reavaliar o presente e, então, nos mover com consciência.

O tempo passa, sim, mas somos nós que decidimos o que fazemos com ele.